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IDOLATRIA

 

Qualquer coisa que ocupa espaço no meu coração é, de certa forma, um ídolo.

A forma como eu trato este ídolo é o que vai determinar se vivo na idolatria, ou melhor, a quem eu realmente estou adorando.

Entendamos assim: como crentes em Cristo, a Bíblia nos ensina que somente Deus é que deve ocupar todo espaço de nosso coração e a partir daí, é que consigo viver em obediência a deus como Ele deseja e, consequentemente, amar as pessoas como se deve. A Bíblia diz que devemos amar a Deus de todo coração, alma, entendimento e forças, portanto não há espaço para mais ninguém, a não ser para Deus em nossos corações. Todas as coisas e todas as atenções devem partir de Deus, que está em nossos corações e não de nós mesmos.

Como é difícil entendermos isso, pois logo vem a pergunta: como então posso amar alguém sem tê-lo no meu coração? Creio que a melhor resposta é que Deus é o único que tem o direito de abrir espaço para alguém em nosso coração, pois só Ele sabe se esse alguém fará um mal ou um bem, ou mesmo se esse alguém O tirará da prioridade de nossas vidas.

Você pode até indagar: então Deus é egoísta, pois não divide espaço com ninguém.

É justamente essa atitude que Deus quer que entendamos, não colocar nada e nem ninguém no lugar dEle em nosso coração, pois o que Ele é para nós, é o que exatamente necessitamos: completude, abundância e suficiência, e somente a partir dEle é que podemos amar o outro e fazer as coisas para a Sua própria glória. Só Deus sabe como Ele quer ser glorificado, então devemos a prender com Ele.

Idolatria é adorar a criação em vez do Criador. A Bíblia diz em Romanos 1:22-23 “Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos, e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.”  Os mandamentos proíbem que adoremos ídolos ou imagens. A Bíblia diz em Êxodo 20:3-4 “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.”

Há vários tipos de idolatria:

De imagens: Isaias 40.18-20; Isaias 42.8; Isaias 45.20. A idolatria mais comum é a de imagens que representam divindades ou santos, que na verdade são considerados divinas por lhes atribuírem poderes que somente Deus tem.

Da natureza: Deuteronômio 4.16-19. Deus não admite nenhuma imagem, nem de sol ou de lua ou qualquer outra coisa que esteve nos céus, assim como de homem ou de animais que são da terra ou das águas. A astrologia é um tipo de idolatria e adorar animais como fazem os hindus também é idolatria.

De pessoas: Atos 12.21-23. Devemos amar a Deus sobre todas as coisas. Jesus disse que aquele que ama mais os seus parentes e amigos do que ele, não é digno de servi-lo (Mateus 10. 37). Colocar a mulher, filhos ou amigos, acima de Deus é uma forma de idolatria. Também fanatismo de time de futebol, partido politico, religião, artistas da TV ou cantores, isso é idolatrar.

De coisas: Mateus 6. 24. Animismo é a crença de que um objeto tem poder de fazer algo.

O dinheiro é o objeto mais idolatrado que existe, mas a Bíblia diz que “... a avareza... é idolatria” (Colossenses 3.5).

Precisamos aprender a perder o amor por coisas e objetos, principalmente o dinheiro (I Timóteo 6.7-10).

Somos tendentes a termos alguns “brinquedos”, que muitas vezes chamamos de hobby ou coisa parecida, mas que tem ocupado o nosso tempo, e até, por causa desse hobby, temos negligenciado o estudo da Palavra, a vinda regular à igreja, e achamos que isso não é um tipo de idolatria.

Lembremos que qualquer coisa que você faça que não aponta para Jesus é uma atitude idólatra, pois se não está fazendo as coisas para glória de Deus está fazendo para quem ou para o que?

Qualquer coisa que ocupe o lugar de Deus, pois Ele deve preencher cada espaço em nossos corações, é um instrumento de idolatria.

A pior coisa que acontece em nossas vidas é não querer admitir a verdade.

Como posso saber se tenho ídolos em meu coração? Se sou um idólatra?

Creio que basta ver, com sinceridade e honestidade, qual o motivo real de nossas vidas, se é para a glória de Deus ou não. Basta que venhamos analisar como é o nosso dia a dia. Ver como nos comportamos diante das circunstâncias. Basta vermos se o que pensamos, falamos ou fazemos apontam para Jesus (Ef. 1.10).

Ninguém quer ser considerado idólatra, mas não se trata de querermos ser ou não, e sim de pedir a Deus que revele os interesses reais de nossos corações, para vermos se temos ou não ídolos dentro dele.

Façamos a oração de Davi, no Sl 139:23-24 “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno”.

Sejamos sinceros com Deus e com o próximo.

Amo vocês,

Pr. Bobby

 

 

IDOLATRIA II

 

 

Talvez uma das doutrinas mais negligenciada e mal compreendida, ou talvez, não haja muita coisa escrita sobre esse assunto neste prisma que iremos abordar, é sobre a idolatria.

Apesar de Génesis 3 não classificar explicitamente o pecado de Adão e Eva como "idolatria", é necessário entender que precisamos observar melhor se nessa passagem existe o conceito de idolatria. É estranho encontrar o pecado da idolatria com tanta frequência em todo o Antigo Testamento, mas não no primeiro pecado de Adão e Eva no início da história — o pecado que afundou toda a espécie humana na iniquidade e conduziu todos ao inferno.

Se entendermos que Adão, ao abandonar seu compromisso com Deus e deixar de refletir sua imagem, reverenciou outra coisa no lugar de Deus e tornou-se semelhante ao novo alvo de adoração. Logo, a essência do pecado de Adão foi dar as costas para Deus e trocar a reverência ao Criador por um novo objeto de adoração, a que o primeiro homem veio assemelhar-se.

Para entendermos a ideia de idolatria em Génesis 1—3, é necessário recapitular o propósito da criação de Adão e Eva e do assentamento do casal no Éden.

Génesis 1.28 afirma que a missão de Adão era sujeitar toda a terra: "Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que rastejam sobre a terra". Génesis 1.27 informa os meios pelos quais o mandado e o objetivo do versículo 28 deviam ser cumpridos: a humanidade cumprirá o mandado mediante sua condição de ser criada à imagem de Deus. Os seres humanos deviam refletir a majestade de Deus sendo seus vice regentes na terra.

Adão e Eva e seus descendentes foram criados para serem conformes a imagem de Deus a fim de refletirem seu caráter e sua glória, e encherem a terra com esses atributos (Gn 1.26-28).

Essa eram as tarefas fundamentais e vitais para eles e para os seus descendentes, viverem a imagem de Deus.

De modo semelhante, como portador da imagem, Adão tinha de refletir o caráter de Deus, o que inclui ser espelho de sua glória divina. Assim como o filho de Adão era à "imagem" e "semelhança" dele (Gn 5.1-3) e tinha de assemelhar-se ao seu pai humano em aparência e caráter, também Adão era um filho de Deus que devia refletir a imagem de seu Pai. Isso significa que a ordem para Adão sujeitar, dominar e encher a terra inclui acima de tudo a ideia de que ele é um rei povoando a terra, não apenas com seus descendentes, mas com descendentes portadores da imagem que refletirão a glória de Deus.

Refletir o caráter de Deus é a tarefa de todos os que são remidos em Cristo, salvos pela graça, mas o que nos impede de sermos o que deveríamos ser, é, ainda, a idolatrai que domina os nossos corações, pois as nossas decisões e nossas falas, as nossas conclusões são, em sua grande maioria, fundamentadas em respostas sociológicas, antropológicas, psicológicas e filosóficas. Dificilmente temos a resposta teológica para as questões, tanto as pequenas quanto as grandes, de nossas vidas.

Para não sermos idólatras precisamos entender, em primeiro lugar, que o pecado nos favorece a vivermos no estado de idolatria, e isso sem percebermos; em segundo lugar, não basta compreender, é necessário aceitar essa verdade, pois a nossa tendência é negar isso em nós.

Em terceiro lugar o que nos liberta dessa idolatria mascarada é o temor ao Senhor sempre, isto é, viver constantemente com as categorias que são de Deus e não as nossas. Viver com o raciocínio de Jesus e não o nosso.

Se entendermos que, em Cristo, somos pessoas ungidas para refletir o caráter de Deus, só podemos fazer isso no temor do Senhor, fora dessa condição apenas expressaremos, mascaradamente, a nossa idolatria.

Precisamos apreender a não ter medo de vivermos totalmente para o louvor da glória de Deus, nos moldes dEle.

Isso significa querer o que Jesus quer, pensara o que Jesus pensa, falar o que Jesus fala, andar completamente e absolutamente como Jesus,

Amo vocês,

Pr. Bobby

 

 

IDOLATRIA III

 

 

Diante do pressuposto de que todo ser humano reflete uma imagem, mas que foi criado para se relacionar com Deus e refleti-lo, e se o ser humano não reflete a imagem de Deus, ele irá refletir qualquer outra imagem. Ele estará envolvido e se relacionando com alguma parte da criação e a reflete, o seu relacionamento não é com o Criador, mas com aquilo que ele reflete, o seu ídolo. AQUILO QUE ELE ADORA.

Entendendo o pressuposto que o indivíduo se assemelha ao que ele reverencia, quer para sua ruína, quer para sua restauração.

Diante disso, entendemos que a narrativa de Génesis 3 concebe o pecado como uma reorganização da existência em torno do ego. A consequência disso é que o indivíduo passa a ser seu próprio criador, redentor e sustentador. Portanto, concluímos que todo pecado inclui a idolatria. É provável que muitas vezes a adoração de ídolos implique não apenas a usurpação das prerrogativas divinas, mas também a egolatria, uma vez que as pessoas rendiam culto a vários deuses no mundo antigo para garantir o próprio bem-estar físico, econômico e espiritual. Nesse sentido, a magia era muito usada para manipular os vários poderes sobre­naturais a fim de garantir o bem-estar do adorador. Do mesmo modo, as pessoas da atualidade se dedicam a elas mesmas, lançando mão de todo expediente que lhes garanta o bem-estar de seu "ego", em última análise sem se preocupar com os outros e nem com Deus.

A chamada filosofia pós-moderna, que entendo é apenas a antiga filosofia satânica com uma nova roupa, tem como máxima a felicidade individual, criando assim, em nossa época, a instituição da egolatria oficializa, do egocentrismo e aprovada por todos. O que importa é ser feliz, não importa como.

É bom sempre lembrar que o ídolo é qualquer coisa adorada no lugar do verdadeiro Deus. Portanto, idolatria é tudo aquilo a que o coração se apega para ter completa segurança. É bom lembrar ainda, que o idólatra jamais aceita ser chamado de idólatra, pois os seus sentidos ficam inoperantes, segundo entendemos a luz da Palavra, nos tornamos aquilo que adoramos, e necessariamente não precisa ser uma imagem, mas qualquer coisa que tira o Criador do centro de nossas vidas, se torna o objeto de adoração e devoção ou mesmo veneração, consequentemente viveremos nessa idolatria.

Ian Provan, em seu livro, "Worshipping God  in Nietzsche’s World" (Adorar a Deus no mundo de Nietzsche) disse, muito acertadamente, que "a idolatria fundamental mencionada na Bíblia também está no âmago das diversas idolatrias modernas: a idolatria do ego (egolatria). O "ego" se põe no centro da existência como um deus: o sentido supremo se encontra na autonomia do indivíduo  auto divinizado, nos objetivos e limites estabelecidos pelo eu.

Temos a tendência de usarmos a sabedoria egolátrica para atingir os nossos objetivos. Multiplicar as soluções de problemas segundo a própria sabedoria fundamentada no ego que é usada, em vez da sabedoria divina, é também outra maneira de ampliar o reflexo da própria imagem e de suas vãs imaginações.

A sabedoria humana  pode não ser necessariamente antibíblica, contanto que seja considerada secundária à sabedoria da Palavra de Deus. Quando, porém, a sabedoria da Palavra de Deus é ignorada e a humana passa a ser o foco, ela se transforma em sabedoria idólatra, muito semelhante a dos fariseus, apresentada nos Evangelhos. Pois a sabedoria deles era fundamentada na tradição criada por eles mesmos, invalidando os mandamento e os preceitos do Senhor.

Isso parece significar, pelo menos, em parte,  que quando tentamos nos engrandecer e nos glorificar, estamos na verdade refletindo nosso ego de um jeito cada vez maior, Se é esse o caso, então corresponde ao conceito de idolatria que já falamos antes: refletimos o ídolo que veneramos, o que em última análise nos leva ruína. Desejar refletir o ídolo do nosso ego e querer ser maior do que somos só nos deixa pequenos, por causa do castigo. Em contrapartida, encher de glória o verdadeiro Deus e reconhecer com adoração que a sua grandeza leva o adorador a participar da grandeza e da glória de Deus refletindo sua glória, que, por sua vez, reflete-se novamente nele. Assim, Deus é considerado o Único e exclusivo grande e importante do universo, através do adorador.

Amados, precisamos entender que quando Jesus colocou as condições para segui-lo, foi justamente para que não nos tornássemos idólatras, pois há uma necessidade de negarmos a nós mesmos, tomar a cada dia a nossa cruz, e aí poder seguir a Jesus sem nada nos atrapalhar, na maior e melhor caminhada que o discípulo pode fazer.

Amados, nossas opiniões pessoais refletem a quem adoramos ou o que adoramos.

Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus. 1Co 10:31 (31)

Amo vocês,

Pr. Bobby

 

 

 

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