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O FIEL DA BALANÇA

 

Lembro, na minha infância, já faz algum tempo, que quando íamos comprar algo no peso, existia uma balança com dois pratos e, no centro alguma coisa que se mexia e depois parava em um local onde, dependendo do peso, ele indicava se estava correto ou não. Esse elemento central é chamado de fiel da Balança.

Ele indica se o peso está certo ou não.

Mas, muitos adulteravam o peso colocado nos pratos para que o fiel da balança ficasse forçosamente no centro, é por isso que existem instituições que verificam a veracidade ou não das balanças, dos pesos e das medidas.

Existem em instituições internacionais os instrumentos que traduzem corretamente os pesos e as medidas do mundo. São os referenciais das medidas e dos pesos.

O problema da sociedade é que foram criados muitos pesos e muitas medidas, de acordo com os interesses pessoais e institucionais, mas nenhum instrumento que indique que o fiel da balança está adulterado, pelos pesos e medidas criados pelos homens.

Até mesmo os fiéis das balanças criado pelos homens estão sujeitos a interpretações pessoais e institucionais.

O fiel da balança de nosso país é sua Constituição que, temos visto e percebido, ela ser emendada, emendada e “corrigida” de acordo, muitas vezes, pelos interesses das instituições, que serão beneficiadas com essas alterações.

Numa sociedade onde não há verdade absoluta, porque tudo é relativo, o fiel da balança é coordenado pelo próprio senso de justiça e ética do homem, isto é, o que estiver correto para ele, segundo ele pensa, é que é o certo ou errado.

Recentemente li um ártico do jornalista e pensador Arnaldo Jabor, com o título “Fui criado com princípios morais...” falando da saudade que tinha das épocas passadas, onde havia respeito aos mais velhos e os valores e os princípios eram, também, respeitados.

Em épocas passadas, os valores e princípios morais eram fundamentados na Palavra de Deus, mas nós, os homens “sábios” entenderam que a Bíblia era um livro retrógrado, machista e preconceituoso, onde tragava a liberdade do indivíduo. Essas conclusões foram tiradas por lerem a Palavra do Senhor com lentes humanas e não com as lentes de quem as escreveu.

Os valores e princípios da declaração dos Direitos Humanos foram fundamentados também nos princípios e valores da Palavra do Senhor, para serem aplicados a todos, mas isso não acontece.

O problema é que a sociedade e também os pensadores tem opiniões pessoais, que se fundamentam naquilo que acham que é certo ou errado, ou naquilo que é mais vantajoso ou coisa parecida.

Os interesses pessoais são os pratos e os pesos de uma balança, que faz o fiel da balança ficar onde se deseja. Isso acontece em todas as áreas da vida do ser humano e em todas as instituições.

A sociedade teima em não buscar um instrumento que determine o que é o certo e o que é errado.

Não há espeito pelos mais velhos porque isso não é ensinado no berço. As mãos que balançam os berços não estão preocupadas em mudar o mundo para melhor, mas em transformar a criança no berço em alguém que se dê bem nessa sociedade, em detrimento de qualquer empecilho ou de qualquer pessoa. O que importa é a felicidade do futuro adulto, não importando quem é deixado para trás.

Os lares estão ficando cada vez mais sem sentido, pois não se tem mais um referencial de família, onde um homem e uma mulher teriam um compromisso diante de Deus de viverem juntos, como uma só carne, por toda vida.

Hoje, quando se trata de família, não se tem um referencial, mas o que se tem é uma lógica fundamentada no entendimento do que é uma família.

Então, como uma sociedade pode se reger se ela própria é a justiça, transfigurada em vingança, se ela tem como ponto de partida o que se acha o que é certo ou errado a partir dela própria?

Vemos hoje instituições composta por pessoas corrutas e mentirosas, que se acham no direito de julgar corruptos e mentirosos, fundamentados em quê? Na “política”, nos interesses partidários, pessoais, institucionais...?

Como podemos respeitar os idosos se para que isso aconteça é necessário que se tenha um Estatuto do Idoso. Nós não percebemos que ao fazermos isso, estamos assinando o nosso próprio atestado de incompetência, pois precisamos de leis e não de valores e princípios para tratar desse e outros assuntos.

A Palavra de Deus, que deve ser o nosso fiel da balança, pois nos ensina de como podemos viver neste mundo, onde não deve desiguais; onde as pessoas com suas diferenças de raças ou coisas parecidas possam conviver, mas sem se basearem nelas próprias, mas em Deus, em Sua Palavra.

Por mais que a maioria, seja ela cristã ou não, questione a Palavra de Deus, ela nunca muda, será sempre a mesma, pois ela foi confeccionada por quem nos fez. É o único livro do mundo que quando lemos temos o autor conosco.

O artigo referido acima, é muito rico naquilo que precisamos rever, mas o próprio autor ao referir sob o tema liberdade, em outros momentos, tratava-o ou ainda trata, de acordo com o que se pensa, ou o que ele pensa. Talvez fosse interessante lermos a Palavra de Deus, com a isenção das instituições religiosas criadas pelo homem, pois muitas delas trataram a Bíblia como quem não a tem como a única regra de fé e prática, para ver se vale a pena ou não rever os nossos princípios e valores.

Precisamos não confundir a Palavra de Deus com as instituições que torcem o que ela fala.

O que a sociedade precisa mesmo é de um referencial sério, respeitoso, honesto e praticável. Só encontraremos isso na Bíblia.

É a única forma de saber se o peso dos valores e dos princípios estão certos ou errados.

 

Amo vocês,

Pr. Bobby

 

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