O que fazer quando a liderança de uma igreja perde o foco? Quando ela deixa de entender e viver a Bíblia como a ÚNICA REGRA DE FÉ E PRÁTICA?
O que acontece quando uma liderança se conforma com os ditames do mundo, deixando que a filosofia pós-moderna traduza a Palavra de Deus?
Como devemos proceder diante do que estamos vendo no nosso meio?
O que está acontecendo com o “hinos” que estão sendo produzidos, em nome de Deus e para Ele?
Quem deve nos coordenar e nos dirigir para entendermos bem o que a Palavra nos ensina, para que tenhamos o discernimento espiritual das coisas que estão acontecendo e adentrando nos cultos, hoje em dia?
Onde estão as vozes proféticas que mostram o caminho que Deus traçou para a sua igreja hoje?
Será que estamos indo no caminho certo, pois a maioria tem aceitado o que está acontecendo, outros até não tem gostado do que os profetas do Senhor tem pregado, pois fere os seus desejos equivocados de adorar a Deus, como Ele quer ser adorado?
Não será que há uma miopia espiritual, onde, com facilidade, nossa liderança tem perdido o foco, em busca de riquezas e outras coisas mais?
Será que Jesus aprovaria o caminhar de Sua igreja hoje em dia?
Ainda no livro de Malaquias, podemos ver que o grande problema do povo agir do jeito que agia, era uma liderança que não descomprometida com as Escrituras, e levava o povo também a serem descomprometidos com a adoração verdadeira, pois eles ensinavam de forma parcial o que Deus havia falado.
O obediência a Deus não era ensinado e muito menos era prioridade.
A maldição vinda de Deus, onde muitos não creem nisso, por terem um visão equivocada do Pai, fazia com que, por causa dos sacerdotes, o povo sofresse as consequências dos ensinos irresponsáveis da liderança da época.
A Bíblia nos mostra que onde não há ensino autêntico da Palavra, o povo se corrompe e se extravia.
No capítulo dois de Malaquias, Deus faz a diferença entre o verdadeiro sacerdote, representado por Levi e aquele que se diz verdadeiro, mas é falso.
Não há liderança neutra, ou ela é uma benção ou uma maldição, que muitas vezes vem, aos olhos dos homens, como se fosse uma bênção.
O mercado gospel é muito vantajoso e rendoso. Muita gente tem se aproveitado disso, às custas de pessoas inocentes, e vivem um evangelho barato sem perceber, enganados pelas vantagens que esse “evangelho” apresenta.
Na área do louvor, há cantores gospel que faz do dom que Deus lhe deu, e que deveria ser utilizado para o engrandecimento do Reino de Deus, uma grande fonte de renda, onde são construídas verdadeiras mansões, que, creio eu, Jesus não moraria nelas, e nem passaria tempo nelas, a não ser para mostrar o grande erro que estão cometendo, utilizando seus dons, que não são de ninguém, mas do próprio Deus, para benefícios próprios. Isso sem contar com o testemunho de vida, onde só os vemos nos palcos, mas alguns que estão próximos, e nos bastidores, não tem dado um bom testemunhos dessas pessoas.
No Reino de Deus não há lugar para essas coisas. Muitos tem confundido a graça de Deus e tem justificado seus atos apontando a graça como desculpas.
No Reino de Deus só há espaço para quem se torna parecidos como as crianças, que são absolutamente dependentes de seus pais, que vivem uma vida de relacionamento com seus coleguinhas e que são capazes de dar o seu pirulito ao outro, tirando-o da própria boca e colocando na boca do coleguinha, porque ele não tem um pirulito.
Mas nós não somos capazes de dar nem as sobras.
Quanta confusão a igreja de hoje tem provocado na mente de muita gente.
Deus, pela Sua graça e misericórdia, tem nos poupado de juízos severos, e há ainda aqueles que entendem que Deus não fará isso, pois Ele é amor, enganam-se àqueles que assim pensam, pois Ele é o mesmo de ontem, hoje e eternamente.
A Palavra ainda afirma que de Deus não se zomba, e aquilo que o homem semear vai colher.
Nos mostra que se plantarmos as coisas dos homens colheremos essas coisas, que, segundo o próprio Jesus, são as coisas que Satanás cogita, mas se plantarmos as coisas que apontam para a glória de Deus, Ele nos responderá com suas bênçãos, que serão de acordo com Sua soberana vontade e não a nossa.
É bom sempre lembrar que antes que Deus aceite qualquer coisa que venhamos a fazer ou estamos fazendo, Ele nos mostra que primeiro precisa aceitar-nos como verdadeiros adoradores, para depois aceitar o que fazemos ou o que ofertamos.
Hoje quando se fala em ser evangélico, é mais como se fosse uma religião do que um estilo de vida que adora a Deus conforme a Sua vontade.
Muitos dos que estão lendo esta pastoral não irão aceitar essas verdades, mas seria interessante, esses que assim fazem, possam ler a Palavra de Deus e ver o que ela trata e como ela trata sobre esse assunto.
O problema, creio, é que muitos estão andando na periferia da vida religiosa, onde a pergunta maior é se pode ou não fazer determinadas coisas, sem se preocupar com vontade de Deus, mas com as vantagens que estas coisas lhes trarão.
Jesus nos convidou para acompanhá-lo e não para andarmos na periferia, e acompanhar Jesus não é fácil quando os nossos planos e sonhos são nossas prioridades.
Para acompanhamos Jesus é necessário que, literalmente, renunciemos a tudo e confiemos absolutamente nEle, pois caminhar com Jesus é a nossa única segurança.
Quando uma liderança caminha com Jesus, ela em si mesma, não tem projetos pessoais, mas apenas administram os projetos que Jesus coloca em seus corações, mesmo que esses projetos não atendam aos desejos e vontades dos liderados.
Quando a liderança acompanha Jesus, o que ela fala para os liderados são as informações autorizadas por Jesus e não aquelas que lhes trarão benefícios e bens.
Jesus disse que, realmente, aqueles que deixaram tudo para seguí-lo ganhariam cem vezes mais, mas também ele comunicou que além dessas coisas boas, os que o acompanhasse sofreriam perseguições. Me parece que estamos ouvindo mensagens parciais. Apenas escutamos as bênçãos dos presentes de Deus para nós, mas quando se fala em perseguições, atribuímos as ações malignas sobre nossas vidas e tentamos fugir delas, mas Jesus disse que sofreríamos perseguições por causa dEle (Marcos 1029.31).
Amados, no livro do profeta Malaquias, (cap.2), Deus fala que as próprias bênçãos dos sacerdotes, Ele as transformariam em maldições. Me parece que isso acontece hoje em dia, quando as bênçãos oferecidas pelos sacerdotes (pastores) atuais, tem feito com que as gerações desses pais “abençoados”, não consigam fazer com que seus filhos sejam uma bênção no reino de Deus. Muitos tem enveredado no mundo das drogas e da prostituição.
Deus disse que amaldiçoaria até a quarta geração dos filhos, pelos pecados dos pais, e esses pecados é justamente quando os pais não prepararam seus filhos para Deus. Mas como fazer isso se a busca das bênçãos oferecidas por esses falso profetas tomam o lugar do ensino bíblico no lar?
Como proceder com esses “pais espirituais”, se eles buscam não acompanhar Jesus, mas que Ele os abençoe com bênçãos materiais apenas.
Há muita gente hoje em dia rica em função dessas “bênçãos”, mas com divórcios, filhos caídos, vidas que não apontam para Jesus. Isto significa que não é uma vida abençoada, mas uma colheita que é traduzida em maldição para os filhos e os agregados.
Há muitos líderes hoje que estão vivendo na prática do pecado e ao mesmo tempo estão pregando, aconselhando e ministrando a Ceia do Senhor. Esses ministros parecem cauterizados e anestesiados pelo ópio do pecado. Eles perderam a capacidade de ouvir a voz de Deus, embora estejam pregando a Palavra de Deus. Eles abafaram a voz da consciência, taparam os ouvidos às advertências de Deus e só irão retroceder na prática de seus pecados ocultos quando forem expostos ao opróbrio, quando forem flagrados e suas práticas vergonhosas vierem a público. A cada ano cresce o número de pastores e líderes se divorciando por motivos fúteis. A cada ano, cresce o número de líderes que naufragam por causa do sexo, do dinheiro e da sede de poder.
Tudo isso acontece pelo simples fato de se perder o foco em Jesus.
Se olha para tudo o que está ao redor e se apegam as coisas que lhes dão vantagens.
Precisamos entender que a nossa vida só tem sentido, como servos obedientes ao Senhor, se o nosso foco for a honra e glória do Pai, em todo tempo e em todo lugar.
Não é viver para as coisas darem certo, mas viver fazendo o que é certo aos olhos do Pai.
Amo vocês,
Pr. Bobby