

Blog do Pr. Bobby
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TUDO PARA A GLÓRIA DE DEUS
Desigreijados?
O que é ser um cristão.
Muitos “cristãos” tendem hoje a ver seu cristianismo como um relacionamento pessoal com Deus e não mais do que isso. Eles sabem que esse relacionamento pessoal tem implicações na maneira como devem viver. Contudo, é interessante o fato de que muitos cristãos não compreendem como esse relacionamento primordial com Deus necessita de inúmeros relacionamentos pessoais secundários — os relacionamentos que Cristo estabeleceu entre nós e seu corpo, a Igreja. Muitos se intitulam de “desigrejados”. Deus não deseja, como tem acontecido hoje em dia, que esses relacionamentos sejam escolhidos de conformidade com nossos caprichos entre os muitos cristãos que estão “lá fora”. Ele quer estabelecer-nos em um relacionamento com um corpo de pessoas de carne e osso, que pisarão nos seus calos, pessoas imperfeitas como qualquer um de nós.
O que é um cristão?
Um cristão é alguém que, antes e acima de tudo, foi perdoado de seu pecado e reconciliado com Deus, o Pai, por meio de Jesus Cristo. Isso acontece quando a pessoa se arrepende de seus pecados e coloca sua vida pela fé na vida perfeita, na morte substitutiva e na ressurreição de Jesus Cristo, o Filho de Deus. É conseguir dizer o que o apóstolo Paulo disse: “...porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro.” Fp 1:21; “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.” Gl 2:20
Em outras palavras, um cristão é alguém que se esgotou a si próprio e de todos os seus recursos morais. Reconheceu que, em desafio à lei de Deus, havia dedicado sua vida à adoração e ao amor às coisas e não a Deus — coisas como a profissão, a família, aquilo que o dinheiro pode comprar, a opinião das pessoas, a honra de sua família e da comunidade, o favor dos falsos deuses de outras religiões, os espíritos deste mundo ou mesmo as coisas boas que uma pessoa pode fazer. Também reconheceu que esses ídolos são senhores duplamente condenatórios. Seus apetites nunca são satisfeitos nesta vida. E provocam a ira justa de Deus na vida por vir, uma morte eterna e um julgamento, dos quais o cristão experimenta um pouco nas infelicidades deste mundo.
Após a entrega absoluta da sua vida ao Senhor Jesus, o cristão é livre para virar suas costas ao pecado, não para substituí-lo servilmente com outro pecado, e sim com o desejo do próprio Cristo e pelo jeito de ser de Cristo para a sua vida, que é outorgado pelo Espírito Santo, que habita em todo aquele que crer na Verdade de Deus em Cristo Jesus.
O cristão é, primeiramente, alguém que em Cristo foi reconciliado com Deus. Cristo satisfez a ira de Deus, e o cristão é agora declarado justo diante dEle, sem ter nenhum mérito, chamado a uma vida de retidão, como Jesus, e vive na esperança de um dia estar diante da majestade de Deus, no céu.
Em segundo lugar, o cristão é alguém que, pela virtude de sua reconciliação com Deus, foi reconciliado com o povo de Deus.
Você lembra a primeira história narrada na Bíblia depois da queda de Adão e Eva e sua expulsão do jardim? É a história do primeiro ser humano sendo assassinado por outro — Caim matando Abel. Se o ato de tentar remover Deus do trono é, em si mesmo, uma tentativa de colocarmos a nós mesmos ali, então, certamente não deixaremos que outro ser humano ocupe esse lugar. Não lhe daremos nem uma chance. A atitude de Adão em quebrar a comunhão com Deus resultou num rompimento imediato da comunhão entre os seres humanos. Todo homem vive para si mesmo.
Por natureza, em função do pecado, há uma inimizade entre o homem e Deus, e consequentemente entre um homem e o outro homem. O pecado nos transformou em monstros.
A reconciliação com Deus através de Jesus trouxe-nos de volta as características que Deus quer que tenhamos com Ele e com o próximo.
Ser reconciliado com Deus por meio de Cristo significa ser reconciliado com todos aqueles que estão reconciliados com Deus.
Em Ef 2.14-16 vemos que todos os que pertencem a Deus são “concidadãos” e membros da “família de Deus” (v.19). Estamos unidos com Cristo no “santuário dedicado ao Senhor” (v. 21). Essas são apenas algumas das analogias dentre as que podemos escolher.
Em resumo, é impossível respondermos à pergunta “o que é um cristão?”, sem entrarmos numa conversa sobre a igreja. É impossível, pelo menos, de acordo com a Bíblia. E não somente isso; se não acabarmos falando sobre a igreja, é difícil nos mantermos fiéis a qualquer das metáforas referentes a ela, porque o Novo Testamento usa tantas: uma família, uma comunhão, um corpo, uma noiva, um povo, um templo, uma senhora e seus filhos. E o Novo Testamento nunca retrata o cristão como alguém que existe fora da comunhão da igreja por muito tempo. A igreja não é realmente um lugar. É um povo — o povo de Deus em Cristo.
Quando alguém se torna um cristão, ele não se une a uma igreja local tão-somente porque isso é um hábito que contribui à maturidade espiritual. Ele se une a uma igreja local porque isso é a expressão daquilo em que Cristo o tornou — um membro de seu corpo. Estar unido a Cristo implica estar unido a todos os cristãos. Contudo, essa união universal precisa ter uma existência viva e atuante em uma igreja local.
O que afirmamos em seguida é menos intenso, mas importante. O relacionamento entre nossa membresia na igreja universal e nossa membresia na igreja local é um pouco semelhante ao relacionamento entre a justiça que Deus nos outorga mediante a fé e a prática da justiça em nossa vida diária. Quando, pela fé, nos tornamos cristãos, Deus nos declara justos. Mas também somos chamados a praticar a justiça.
Por isso, comprometer-se com uma igreja local é o resultado natural — confirma aquilo que Cristo fez. Se você não tem qualquer interesse em se comprometer verdadeiramente com um grupo de cristãos que ensinam a Bíblia e creem no evangelho, deve perguntar a si mesmo se, de fato, pertence ao corpo de Cristo! Se de fato você é um cristão!
Vejamos a exortação do autor aos Hebreus à Igreja:
Hb 10:23-27 (23) Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel. (24) E consideremo-nos uns aos outros para incentivar-nos ao amor e às boas obras. (25) Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia. (26) Se continuarmos a pecar deliberadamente depois que recebemos o conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados, (27) mas tão-somente uma terrível expectativa de juízo e de fogo intenso que consumirá os inimigos de Deus.
Portanto, amigo, não seja complacente com uma ideia vaga de que você possui a justiça de Cristo, se não está seguindo uma vida de retidão. De modo semelhante, por favor, não se deixe enganar por um conceito vago sobre a igreja universal, se você não está buscando esse tipo de vida em uma igreja local.
É somente quando nos reunimos para adorar a Deus, exercitar o amor e praticar boas obras uns para com os outros, demonstrados numa vida real, é que podemos assim dizer, de fato, que Deus nos reconciliou consigo mesmo e uns com os outros.
Demonstramos ao mundo que fomos mudados, não primariamente porque memorizamos versículos bíblicos, oramos antes das refeições, damos o dízimo de nosso salário e ouvimos estações de rádio evangélicas, e sim porque mostramos de maneira crescente uma disposição de suportar, perdoar e amar um grupo de pecadores semelhantes a nós. Pessoa imperfeitas como cada um de nós.
Sei como é difícil para muitos estarem numa igreja local, onde muitas vezes estão descomprometidas com a Palavra, mas a maioria deixam as igrejas para tornarem-se “desigrejados”, não por causa das doutrinas, é, em geral, porque não concordam com algumas coisas, não são como elas desejariam que fossem. Olham as coisas com os seus olhos e não com os olhos de Cristo.
Deixemos de lado tudo aquilo que atrapalha a nossa corrida, que foi proposta por Deus, e olhemos para Jesus, através dos Evangelhos, que o nosso consumados de nossa fé, para que o manco, àquele que não em segurança, possa vir a ter pelo nosso caminhar com Cristo em Cristo, numa igreja cheia de pessoas imperfeitas, mas que pode ser uma igreja saudável.
Amos vocês,
Pr. Bobby