Ainda abordando o tema que trata do desvio do foco, isto é, o povo de Deus, especificamente a sua liderança, tem desviado o foco das atenções de suas vidas para as coisas fúteis e não para Jesus, trazendo prejuízos para a propagação do puro Evangelho.

Cito aqui algumas das evidências que demonstram a crise gigantesca em que os evangélicos se encontram: os rumos da teologia não tem definição e essa indefinição trás consequências drásticas, criando, assim, uma multiplicidade de teologias divergentes, que confundem a mente do crente e do descrente. Há, também, uma falta de liderança com autoridade moral e espiritual, onde, muitos deles foram reconhecidamente tidos como referências de espiritualidade e de moralidade no meio evangélico e também na sociedade em geral, mas caíram nas ciladas das teologias “emergentes”, onde o foco não é o verdadeiro Evangelho, mas os interesses econômicos e políticos.

Há também, uma ascensão de líderes totalitários que se autodenominam pastores, bispos e apóstolos e os seminários estão sendo conquistados pelos teólogos liberais que, consequentemente, desfiguram os padrões morais que devem pautar a vida de pastores e líderes que estarão ministrando ao povo de Deus.

As editoras evangélicas e os cantores evangélicos entraram no modelo mercantilista, cogitando as coisas dos homens, onde o próprio Jesus disse que esse era o sentido das ações de Satanás, quando repreendeu a Pedro, quando o mesmo quis chamar a atenção do próprio Jesus.

O interessante é que temos procedido dessa maneira, dizemos a Jesus que não acontecerá como Ele falou.

As editoras depreciam as Santas Doutrinas em prol de um lucro que não diferencia dos desejos da carne e do mundo, passando a publicar livros da linha não evangélica, que fazem parte do surgimento das igrejas chamadas emergentes. Como resultado dessas literaturas, muitas pessoas procuram as igrejas para se sentirem bem, buscarem soluções imediatas para seus problemas, sem sequer pararem para refletir na mensagem poderosa do Evangelho de Jesus, acerca da existência da eternidade com Deus, pois essas literaturas prendem, cada vez mais, as pessoas aqui na terra, não lhes dando um norte para o céu, consequentemente, essas pessoas ficam migrando, isto é, mudam com facilidade de comunidades sem quaisquer compromisso ou engajamento com a vida cristã.

Isso faz com que não consigamos dialogar corretamente com outras religiões e não conseguimos nos diferenciar daqueles que são liberais e libertinos, ou mesmo aqueles que abusam nos símbolos bíblicos e afros, dentro de suas doutrinas, porque não conhecemos bem a linha divisória para que o diálogo seja bem definido. Pois devemos dialogar com aqueles que não tem o foco em Jesus apenas, dentro dos pressupostos e fronteiras bem delimitadas pelo Evangelho. Entender bem o que a Palavra diz sobres os assuntos abordados, e ter coragem de falar, mantendo as portas fechadas para as heresias.

Precisamos entender que o Evangelho de Jesus fala de um exclusivismo e não de inclusivismo, isto é, há um padrão estabelecido por Jesus para os seus seguidores, onde os que O seguem, conforme esse padrão, não pode abrir mão ao que a sociedade tem chamado de pluralidade doutrinária. Só há um Evangelho absoluto, o de Jesus.

O relativismo moral tem criado um ecumenismo sem precedentes, onde, por uma politica da boa vizinhança, aceita-se a participação e o engajamento com outros que não focam suas vidas em Jesus.

Como é fácil nos envolver nas teias das teologias emergentes e liberais. Elas nos dizem coisas que gostaríamos que se realizasse e isso é muito atraente.

É bom lembrar que o autor das religiões emergentes e do liberalismo teológico é o pai da mentira, pois no início da criação ele provocou a mulher para que pudesse pensar teologicamente diferente de Deus.

Lá foi dada a oportunidade de se criar uma nova teologia e uma nova comunidade, e como foi fácil aceitar a proposta.

Não é diferente de hoje, em princípio, o que muda é a roupagem e a abrangência, mas as ofertas de Satanás é para nos seduzir e nos sucumbir, para vivermos nas trevas, isto é, vivermos na ignorância da vontade de Deus, interpretando erradamente a Palavra do Senhor.

O nosso único foco deve ser apenas Jesus, pois Ele é a encarnação do Deus vivo, é vontade soberana de Deus em forma humana, por isso é que devemos olhar somente para Ele, pois só Ele é quem tem as Palavras de vida eterna. Só Ele é quem trás a imagem perfeita de Deus para a vida de todo aquele que confessa Jesus como único Senhor e Salvador.

Se não procedermos assim, estaremos em grande perigo, como acontece com as chamadas igrejas emergentes que, em vez de olhar para Jesus, olha para o homem, criando expectativas para ele, dando-lhes o que deseja e não levando-os a adorar e glorificar a Deus através de uma vida santa, conforme o mandamento do Senhor expresso em Levítico 20.26, que diz: “Vocês serão santos para mim, porque eu, o Senhor, sou santo, e os separei dentre os povos para serem meus.”

Isto quer dizer que, como o nosso Deus é único e incomparável em tudo, assim devemos proceder, sendo pessoas de comportamento completamente diferente, moral e espiritualmente, das pessoas que nos rodeiam, que não são comprometidos com o verdadeiro Evangelho de Jesus.

Somente olhando firmemente para Jesus, Autor e Consumador de nossa fé, é que podemos ter uma conduta santa e irrepreensível aos olhos de Deus e dos homens.

Não basta ser “crente” tem que ser discípulo; não basta ser “evangélico” tem que viver o Evangelho de Jesus.

Ultrapassar os ensinos do Evangelho de Cristo significa desejar ir além dEle, ou seja, comunicar um outro evangelho que é maldito e anátema.

Amados, busquemos com perseverança olhar sempre para Jesus, para que não venhamos a perder de vista a vontade de Deus para nossas vidas, que é agradável e perfeita.

Amo vocês,

Pr. bobby